Esse Nicolás Maduro é de fato um ditador único no mundo. É o único que recebe orientações de um passarinho que incorporou seu mentor Hugo Chávez. É o único que diz ter visitado o futuro e visto que ele será róseo para ele. E, agora, acaba de se tornar o primeiro ditador a reter por algum tempo um jornalista não na casa da vítima, na rua ou em algum outro lugar público, mas em pleno Palácio de Miraflores, a sede do governo.
Refiro-me, como é óbvio, à detenção de Jorge Ramos, o âncora da Univisión, a grande cadeia de TV para o público hispânico, baseada em Miami. Conheço bem Jorge Ramos: recebemos juntos o prêmio Maria Moors Cabot em 2001, concedido pela Columbia University.
Conosco estavam também a chilena Monica González, de primoroso trabalho contra a ditadura de Augusto Pinochet, e Sebastian Rotella, então no Washington Post.
O crime pelo qual Ramos foi retido: fazer perguntas inconvenientes, que são o que todo jornalista deve fazer. Aliás, alguém já di