Em meados de 2017, quando Keith Ribeiro foi pela primeira vez à casa de Cassio, então com três anos de idade, o garoto tinha parado de comer, chorava muito e se recusava a ir à escola.
Com deficiência auditiva desde que nasceu, o menino, uma irmã e um irmão adolescentes eram criados só pela mãe, a manicure Lívia.
Quando o irmão, que era sua única referência masculina, foi internado na Fundação Casa, Cassio regrediu psicologicamente.
Keith passou a se reunir com a família toda semana, como visitadora do programa Criança Feliz, no município de Arujá (Grande São Paulo). O foco era fortalecer o vínculo afetivo entre o menino, a mãe e a irmã. As atividades também visavam incentivar a estimulação verbal de Cássio.
“Como ele gostava muito de animais, levava figuras e histórias a partir das quais eles pudessem conversar”, diz Keith.
Hoje, aos cinco anos, Cassio nomeia bichos como “cachorro”, “vaca” e “cavalo” e tenta formar frases. Também pronuncia clara