Sobre cidadãos e idiotas - Estadão
O episódio do casal que confrontou o fiscal na Barra da Tijuca gerou enorme repercussão.
Para quem não viu o vídeo, trata-se de um fiscal que aborda um homem que estava num bar lotado. Ao ver o acompanhante ser chamado de "cidadão", a mulher reage prontamente: - "Cidadão não. Engenheiro civil, formado. Melhor do que você."
Há várias nuances nessa história. Alguns têm explorado o assunto sob o ponto de vista de classe, outros de raça e outros ainda de segregação geográfica.
O que mais me chamou atenção, porém, foi a questão semântica. Afinal, o que acendeu a reação foi uma palavra: "cidadão".
Por que que alguém se indignaria em ser chamado de "cidadão"?
Intrigado, fui atrás do Houaiss. "Cidadão" é quem se acha no gozo de direitos e no compromisso de deveres que lhe permitem participar da vida política, e portanto, também econômica e cultural da sociedade.
Humm... ser considerado um cidadão deveria ser bom, não?
Deixo o dicionário e os usos correntes de lado
Como fazer
O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação.
(Salmos 118:14)
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