Adriana Moreira, porta-voz do tempo
Era uma casa verde, habitada por sete mulheres pretas, num bairro de brancos. Um sobrado antigo na Rua Afonso Celso, nº 1.324, na Vila Mariana, em São Paulo. Tinha muros baixos, duas cercas de madeira e um jardim de margaridas. Nas laterais havia longo e estreito corredor que levava ao quintal — onde despontavam uma roseira, um limoeiro e um pé de pitanga. Nesse quintal idílico, em 1976, encontraremos a menina Adriana Aguiar Moreira, no auge dos seus seis anos de idade, brincando e correndo livre junto às irmãs.
Sua brincadeira preferida era promover campeonatos de dança e de canto. Ela era quem se sobressaía. As outras mulheres da casa — sua mãe, duas tias e uma prima mais velha — não davam muita bola aos dotes artísticos da garota. Não que não se importassem com ela, mas apenas passavam a maior parte do tempo entretidas com os afazeres da casa e os assuntos do mundo adulto, sempre tão cheio de problemas.
O primeiro a prestar atenção no interesse da garota pela mú
Como fazer
O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação.
(Salmos 118:14)
Bíblia Online