O confronto entre policiais e Liga dos Camponeses Pobres em Rondônia, onde o bolsonarismo e a luta pela terra encontram seus extremos
Duas picapes pretas freiam bruscamente. Sete homens com camisetas negras pulam dos veículos empunhando pistolas e fuzis prontos para o disparo. Apontam na direção de dois camponeses que jogam sinuca diante de um bar na zona rural de Porto Velho (RO). Ao notarem a minha presença e a do fotógrafo Fernando Martinho, perguntam quem somos, com uma das armas voltada para o meu rosto. Passa um pouco do meio-dia. Minutos antes, uma tempestade havia transformado as estradinhas sem asfalto da região num lamaçal.
“Sou jornalista. Aquele ali é o fotógrafo”, respondo, de mãos para cima. Só então um dos homens, com barba e chapéu de palha, abaixa o fuzil .565 e pede minha carteira profissional. Quero saber quem são eles. Dizem ser policiais militares. No entanto, não usam uniformes nem etiquetas com os próprios nomes. As picapes tampouco exibem qualquer tipo de identificação.
Os sete revistam os camponeses e, logo em seguida, o dono do bar. Também param dois jovens que tra
Como fazer
O Senhor é bom, um refúgio em tempos de angústia. Ele protege os que nele confiam.
(Naum 1:7)
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