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A expedição dos caciques e o silêncio da floresta

A nascente do Rio Marmelos, no Sul do Amazonas, é um fio d’água avermelhado e fraco. Aos 64 anos, Felipe Tenharin, um dos anciões de sua tribo, olha para o leito do rio onde troncos, rochas e bancos de areia ganham espaço sobre a água. Sua voz se eleva sobre o barulho do rio, e ele começa a cantar. Cinco caciques tenharins se agrupam para ouvi-lo, e a voz ressoa, como em um transe, entoando um canto sagrado sobre os antepassados. O lugar também é sagrado: é na nascente do Marmelos, segundo as crenças de seu povo, que habitam os espíritos da floresta e dos que se foram. Depois de quarenta anos sem visitar o lugar, Felipe repete o canto, mas as lágrimas o impedem de terminá-lo. O que viu ao subir o rio foi mais uma ameaça à existência do seu povo. O fogo das queimadas de agosto e setembro esturricou o que pôde até a margem e parou a poucos metros antes de alcançar o rio. Quilômetros e quilômetros de campos amazônicos, bolsões de cerrado na floresta tropical e que

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Versículo do Dia:
O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação.
(Salmos 118:14)
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