A oposição subterrânea na Argentina
Na última segunda-feira, 21 de outubro, pouco antes do meio-dia, Mirta Lopez, de 65 anos, entrou no metrô de Buenos Aires e começou a falar no celular, quase aos gritos. “Nãaao (risadinha), paramos de fazer churrasco… mas juntamos as crianças para brincar.” A jovem ao lado levantou a voz: “Estou no metrô… tive que vender o carro.” O rapaz atrás dela também viajava com o telefone grudado no ouvido: “Férias? Nem pensar… estamos nos mudando para um apartamento menor.” Os pedaços de conversa se multiplicaram pelo vagão, de forma sincronizada – cada qual resumindo, numa só frase, algum drama da empobrecida classe média argentina. De repente, assim como começou, o rosário de queixas terminou. A cena se repetiu até nove da noite, ao longo de diferentes linhas de metrô, e vai continuar até 25 de outubro, antevéspera do primeiro turno da eleição presidencial argentina, neste domingo (27).
O que parecia uma improvisação teatral faz parte de uma ação de
Como fazer
Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
(Apocalipse 3:11)
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