O tombamento de Guignard
No final de outubro de 1961, o pintor Alberto da Veiga Guignard foi desalojado da casa onde morava, no número 80 da Rua Palmira, no bairro da Serra, em Belo Horizonte. Já era um dos artistas mais importantes do modernismo brasileiro, reconhecido pela crítica por ter conseguido encontrar um estilo muito pessoal, aliado à sólida formação acadêmica na Europa. Vivia como hóspede do médico Santiago Americano Freire, seu amigo e protetor, que havia cerca de cinco anos gerenciava todos os aspectos de sua vida material.
Aos 65 anos, Guignard não tinha mulher nem filhos, era diabético e cuidava com dificuldade de si mesmo. Não sabia negociar seus quadros e frequentemente os dava de graça, demonstrando um temperamento generoso e ingênuo. Gastava todo o dinheiro que recebia, sem conseguir administrar suas despesas ou prever o dia seguinte. Gostava de beber, e não raro perdia o controle, em jornadas etílicas que duravam mais de uma noite.
Por volta de oito da noite, o advogado e cr�
Como fazer
Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.
(Salmos 34:19)
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