Semana de Arte Moderna: 100 anos do ‘sarampo antropofágico’ de 1922

“Anossa independência ainda não foi proclamada. Frase típica de D. João VI: – Meu filho, põe essa coroa na tua cabeça, antes que algum aventureiro o faça! Expulsamos a dinastia. É preciso expulsar o espírito bragantino, as ordenações e o rapé de Maria da Fonte . Contra a realidade social, vestida e opressora, cadastrada por Freud – a realidade sem complexos, sem loucura, sem prostituições e sem penitenciárias do matriarcado de Pindorama”.

Se os benignos e inteligentes leitores derem uma olhadinha no site do governo do Estado de São Paulo, verão que já está montada uma extensa programação para comemorar a efeméride dos 100 anos da Semana de Arte Moderna, o evento cultural que pretendeu fazer emergir o Brasil e os brasileiros do mundo dos símios. Se conseguiu, são outros quinhentos!

Pensada por intelectuais paulistas, a SAM foi aquilo que um editorial da Folha de São Paulo (de 1978) chamou de o SARAMPO ANTROPOFÁGICO. A respeito do movimento modernista, os