Romance inédito de Simone de Beauvoir recorda amizade que foi fundamental para sua obra
SÃO PAULO — Em 1954, após a publicação de “Os mandarins”, romance sobre a intelectualidade francesa que venceria o prestigioso Prêmio Goncourt, Simone de Beauvoir (1908-1986) resolveu voltar a um episódio de sua juventude que havia tempos ela lutava para transformar em ficção. Sua amiga de infância Élisabeth Lacoin, a Zaza, filha de uma família burguesa e profundamente católica, morrera de repente, em novembro de 1929, um mês antes de completar 22 anos.
Segundo os médicos, a causa da morte foi uma encefalite viral. Beauvoir discordava. Para ela, a morte de Zaza, fora um “crime espiritualista”. A amiga, que desde cedo lhe despertara um sentimento de quase veneração, pelo seu destemor, teria morrido porque não lhe restavam mais forças para lutar contra o conservadorismo da família, que proibira o relacionamento dela com um jovem sem muito dinheiro, mas cheio de prete
Como fazer
Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.
(Salmos 34:19)
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