85 anos depois, o piano de João Donato ainda não se calou. “Que beleza” – Observador
A história é contada já a entrevista vai avançada. Um dia, corria então o ano de 1950, um pianista chamado João Donato e um guitarrista e cantor chamado João Gilberto foram convidados para passar uma semana a tocar ao vivo num hotel situado no interior de Minas Gerais, no Brasil. “Numa estação de águas termais”, como hoje recorda o primeiro ao Observador, em conversa telefónica a partir do seu apartamento no bairro da Urca, no Rio de Janeiro.
A bossa nova não existia, para “Chega de Saudade” ainda faltavam oito anos e os dois, Gilberto e Donato, eram ainda dois anónimos para a maior parte do país. Esta não é, ao contrário do que se poderia esperar, uma história de músicos desconhecidos enganados por patrões (promessas que na hora do pagamento se esfumaram) nem de talentos que maravilharam quem lhes pôs os ouvidos em cima antes da fama. É uma história de um choque que nem sempre é lembrado quando se fala do que antecedeu a bossa-nova.
Bastou uma noite
Como fazer
O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação.
(Salmos 118:14)
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