O Sabiá e a boa leitura
Gostaria de me reencarnar na prosa do velho Braga e habilitar-me a escrever coisas simples, mas não simplórias. Esse era um dom do Sabiá da crônica, Rubem Braga. Escrever um texto eterno sobre algo bem trivial. Como o texto de “A boa manhã”, por exemplo.
“Apenas passo os olhos pelos jornais: jogo-os fora, alegremente, porque eles pretendem dar-me notícia de muitos problemas, e eu não tenho nem quero problema nenhum. Acordei um pouco tarde, abri todas as janelas para um sábado louro e azul, e o mar me deu bom-dia. (…) Chupo uma laranja e isto me dá prazer. Estou contente. Estou contente da maneira mais simples – porque tomei banho e me sinto limpo, porque meus braços, pernas e pulmões funcionam bem; porque estou começando a ficar com fome e tenho comida quente para comer, água fresca para beber.” Simples. E belo.
Penso: meu Deus, como os brasileiros gostariam de se sentir assim como o velho Braga. Limpos, contentes e na perspec
Como fazer
Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.
(Salmos 34:19)
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