Esta semana, falei sobre a adaptação vitoriosa de “A amiga genial” da literatura para a televisão. Hoje, volto ao tema, mas para tratar da transposição de uma história dos quadrinhos para outra linguagem. Falo de “The walking dead”. A metade da nona temporada terminou no último dia 25, com o surgimento dos Sussurradores. Na verdade, eles já tinham aparecido no penúltimo episódio, mas só de relance. Em “Evolution”, capítulo final, chegaram com força, aterrorizando, produzindo um resultado plástico assustador e impressionante. Foi uma prova de que a série da TV pode, sim, superar de longe o original.
Esse novo bando emula o comportamento dos zumbis e se mistura a eles. Esse mimetismo é estratégia política: eles acreditam que, fazendo parte das hordas de mortos-vivos, as controlarão. Como costuma acontecer em “The walking dead”, o roteiro começou a construir esse clímax final desde o início.