O passado e suas preposições – Jornal da USP
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“– Aristóteles é ultrapassado!”[1]
“– Vou usá-lo na empresa onde trabalho”[2]
Ou muito me engano, ou adeptos do senso comum estão a confundir aquele que “se debruça e escreve sobre o passado” com aquele que “(se)conserva e vive no passado”. Uma coisa é considerar a mentalidade, a postura, os pressupostos e convicções do professor ou pesquisador, segundo as virtudes e limitações que atribuamos a ele, como indivíduo. Outra, nem sempre a coincidir com a primeira, é discutir as características do objeto que o sujeito estuda; questionar os métodos, metas e as implicações da pesquisa que realiza (seja ela em torno de um período de tempo; sobre determinada corrente de pensamento, movimento artístico, teoria crítica, metodologia de ensino, estética literária etc.).
Talvez decorra daí o ajuizamento impiedoso e a condenação sumária do “historiador” (ou de todo aquele que tenciona escrever sobre o que se suponha situado no passado), como se se tratas
Como fazer
O Senhor é bom, um refúgio em tempos de angústia. Ele protege os que nele confiam.
(Naum 1:7)
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