Não fossem a oferta abundante de álcool em gel e os manequins de máscara nas vitrines, ninguém diria que existe pandemia ao andar pela Oscar Freire, em São Paulo.
Praticamente tudo o que lembra o clima pré-Covid está de volta à rua, que tem ares de normalidade —ao menos no trecho que concentra a maior parte das lojas e é conhecido como um dos principais centros de consumo de luxo da cidade. Os restaurantes seguem apinhados de gente e as calçadas estão cheias de pessoas que batem pernas e de mãos que seguram sacolas, gelatos e lulus da Pomerânia.
Também seguem implacáveis os gim-tônicas harmonizados com cigarros eletrônicos, as roupas em tons pastéis, os conversíveis e a dualidade paulistana —cercadas da pompa, crianças vendem panos de prato para quem almoça e entregadores de aplicativo esperam o celular apitar com o próximo pedido de um restaurante caro.
No momento em que o governo flexibiliza ao máximo as regras da quarentena e as variantes da Covid circulam pe