Próximo à estação Vila Madalena do Metrô, na zona oeste de São Paulo, um sobrado de dois andares iluminado por luzinhas coloridas é cercado por mesas e cadeiras de madeira ocupadas por pessoas e garrafas de cerveja. Pregado na porta, um cardápio feito à mão com caneta colorida e glitter sugere algumas opções para forrar a barriga. Do lado de dentro, geladeiras dividem espaço com prateleiras preenchidas com livros à venda. Uma caixa de som toca músicas de artistas como Mano Brown e MC Serginho.
Esse é o clima intencionalmente informal da nova Ria Livraria, que já funciona há algumas semanas como loja de livros, café e bar, mas que só foi inaugurada oficialmente em 1° de novembro. O espaço marca, ao mesmo tempo, uma nova fase e o desfecho da complicada história recente da Mercearia São Pedro —reduto boêmio paulistano que tem o destino incerto desde agosto.
Quem comanda o novo Ria é Marcos Benuthe, um dos donos da Merça —apelido dado ao local pelos habitués.