Doutor Jairo · Velhice LGBTQIA+: por que falar disso?
Já é possível debater e discutir questões relacionadas a velhice LGBTQIA+, pois a gerontologia, ciência que estuda o envelhecimento, avançou muito nas últimas décadas sobre o “mito da velhice assexuada”. Entretanto, não é incomum que o senso comum continue presumindo que todos os idosos são heterossexuais ou cisgênero.
Infelizmente, a invisibilidade do envelhecimento de pessoas LGBTQIA+ é uma realidade. Sofrem ao resistir à hetero-cis-normatividade e ao enfrentar o estigma do envelhecimento em uma sociedade gerontofóbica, a qual valoriza aspectos relacionados ao corpo jovem e à juventude.
Por esse motivo, alguns estudiosos já relatam que a carga de discriminação com a qual convivem é, no mínimo dupla, sem contar outras camadas de opressão baseadas no racismo e na exclusão social.
Todas essas construções socioculturais apresentam consequências sérias no acesso e na promoção da saúde desses indivíduos, prejudicando possibilidades de alcançarem o envelheci