Quarentena (21): Por um marco civilizatório mínimo
Outro dia, Ricardo Kotscho descreveu em seu blog a situação trágica do Brasil: em meio a uma pandemia, não temos governo e não temos oposição.
Verdade pura. O Coronavírus chega a um país completamente despreparado para lidar com uma emergência desse tipo. As mortes já passam de 11 mil e tendem a subir. O governo não se ocupa de nada, a não ser de montar um autogolpe para instaurar um Estado autoritário. A oposição omite-se, assim como o Congresso e o Supremo. Nós, a sociedade, vivemos à mercê dos fatos.
No entanto, segundo as pesquisas, somos muito mais do que a minoria fanática que apoia o candidato a ditador. Quem nos representa? Neste momento, nada e ninguém. Estamos sós, batendo panelas em nossas varandas, xingando ou chorando nas redes sociais. Quem nos ouve, senão nós mesmos?
E, mesmo assim, estamos divididos.
Outro dia, Lima Duarte divulgou um vídeo em homenagem ao seu colega morto, Flávio Migliaccio. Na parte mais tocante, citava Brecht, de Os Fuzis
Como fazer
Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.
(Salmos 34:19)
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