Natal nunca foi o meu forte. Clichê, eu sei. Mas depois que descobri a inevitável verdade sobre o Papai Noel, a mágica quebrou de vez. Em minha defesa, a revelação foi um bocado "trágica": eu tinha oito anos, estava com a minha mãe e meu padrasto em uma casinha no meio de montanhas austríacas. Muita neve, boneco de neve e chocolate quente. Tinha tudo para ser o Natal perfeito, até que na manhã do dia 24 de dezembro, durante a minha exploração matinal pelo quintal, encontrei uma cabana com presentes ao redor de uma árvore de Natal.
Segundos depois, escutei minha mãe gritando: "Bruna, não vai aí nãooooooo". Não lembro o que passou pela minha cabeça no momento, mas eu já tinha ligado os pontos e entendido tudo. Hoje, lembro desse dia e deste Natal com muito carinho, mas muitos dos que vieram em seguida sumiram da minha memória ou simplesmente deixaram um gosto amargo. Depois que cresci, muitas coisas mudaram e a reunião anual de 25 de dezembro foi ficando cada vez... meno