A culpa também é nossa | Opinião
É preciso uma aldeia para educar uma criança, ensina o provérbio africano muito citado entre profissionais de ensino. O assassinato por espancamento do pequeno Henry Borel, aos 4 aninhos, é prova de que a aldeia, entendida como família, comunidade, Estado, falhou. Tal como Fernando Henrique, Alexandre e Lucas Matheus, os três meninos desaparecidos há quatro meses em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Henry é vítima de uma sociedade que não tem senso de responsabilidade e perdeu a compaixão. Os brasileiros desviamos o olhar da violência contra nossas crianças e seguimos a vida tropeçando em centenas de milhares de cadáveres na pandemia. É o horror.
O Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDCA/RJ), em nota técnica divulgada ontem, chamou atenção para a responsabilidade coletiva de um crime tratado, até aqui, quase unicamente como tragédia familiar. De cara, evoca o texto constitucional, que,
Como fazer
E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá.
(1 Pedro 5:10)
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