“A boa solidão é oposta ao sentimento de não precisar do outro. Perceber que, sim, necessito do outro, porém não de forma absoluta, transforma a solidão em potência criativa e sem a carga de humilhação da solidão patológica.” – Leandro Karnal
Jesus passou quarenta dias isolado no deserto. Buda encontrou iluminação espiritual sob uma figueira, e sem a companhia de ninguém. Maomé estava sozinho quando Gabriel falou com ele pela primeira vez, numa caverna. Moisés, igualmente só, recebeu os Dez Mandamentos.
Evoco esses exemplos pensando nos vários alunos do Gran que reclamam da solidão que toma conta de quem decide se preparar a sério para concurso público, tendo a companhia, pode-se dizer, apenas de videoaulas e PDFs, além do apoio dos nossos extraordinários professores. Para o concurseiro que se preze, sempre foi assim, solitário, ao menos em parte do tempo. Meu pai, por exemplo, que levou quatro anos até ser aprovado, já relatou como viveu sozinho numa K