Como Madonna escandalizou os EUA — e o mundo — com um livro
Em 1992, a artista expôs suas fantasias sexuais e fetiches em fotografias, escandalizando o mundo
“Se a nossa sociedade atualmente é verdadeiramente homolesbotransfóbica, há quarenta anos atrás era ainda mais”, explica o filósofo e pesquisador Ali Prando à Aventuras na História. Ao longo da década de 1980, em que a AIDS aterrorizava o mundo em seu auge, Madonna fez o impensável.
“Em suas entrevistas, videoclipes e performances, ela advogava pela liberdade sexual, e de fato, ela abordou esses temas antes mesmo de vários artistas LGBTs realizarem seu coming-out, tamanha pressão que existia (ainda existe?) para que as pessoas permanecessem na linha, ou seja, heterossexuais”, diz Prando.
Junto com a AIDS, que atingiu pessoas LGBT de maneira grave e alavancou o preconceito, caminhava também o medo do sexo. Além do conservadorismo que regia a sociedade — e que ainda tem seus impactos nos dias de hoje — estava também a desinformação sobre os cuidados que deveriam ser