Pau, pedra, faca, bandeira de candidato, um caminhão, garrafa, muitas balas e até explosivos. Essas foram algumas das armas usadas para agredir eleitores e candidatos durante a última quinzena da campanha para as eleições municipais de 2020, marcadas por uma onda de violência sem precedentes – e de diferentes tipos.
Um levantamento inédito realizado por uma coalizão de nove veículos jornalísticos contabilizou 114 casos de violência relacionados à eleição – incluindo ameaças, ofensas, agressões, tentativas de homicídio e assassinatos – ocorridos desde o começo de novembro. Isso significa que houve, em média, um episódio de violência política a cada 3 horas nos primeiros 15 dias de novembro.
O número é 60% maior do que a quantidade de ataques registrada na véspera das eleições de 2018, quando a polarização da disputa presidencial entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) deu o tom das agressões, com 50 delas partindo de bolsonaristas. Este an