Cercado por investigações e pedidos de impeachment que podem levar o Congresso a debater seu possível afastamento, o presidente Jair Bolsonaro avançou na retórica bélica para inflamar os radicais de extrema direita. Ao mesmo tempo, porém, mergulhou na “velha política” do “toma-lá-dá-cá” com o Centrão, buscando blindar-se contra processos que devem passar pela Casa e de futuras CPIs.
“Nesse momento é mais fácil ele dar um golpe do que aprovar o impeachment”, disse à Agência Pública o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP). Vice-líder do Centrão, Paulinho acha uma eventual tentativa de golpe é uma ameaça real e faz uma avaliação tenebrosa da crise.
“Já fez a conta do que ele precisa para dar um golpe? Estamos quase todos fora de Brasília, com o Congresso praticamente fechado. É muito mais fácil fechar o Congresso e o Supremo do que imaginar que Bolsonaro vá ser ‘impitimado’. Primeiro, a turma dele está na rua