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Nos baixões do Piauí, paga-se o preço do progresso do Matopiba

O reflexo da soja deixa ainda mais verdes os olhos cheios de água da agricultora Reginalda Santos da Silva. O olhar é fixo no entrevistador e a voz firme só se interrompe com o sacolejo do carro nas estradas esburacadas que cortam o cerrado do Piauí. Um cheiro que lembra vinagre invade o veículo. Os olhos ardem, a garganta seca. “Esse mesmo cheiro que você tá sentindo aqui, quando eles tão jogando veneno, você sente na água lá na comunidade”, conta Reginalda.

Um avião passa pulverizando as plantações de soja, cena comum nos meses de colheita por ali, entre janeiro e maio. Fora do carro, o cheiro beira o insuportável.

Reginalda tem 37 anos, mas o semblante abatido traduz o cansaço da lida da roça e do sofrimento causado na comunidade em que vive pela entrada das grandes empresas agropecuárias, grileiros e especuladores de terra no chamado Matopiba – na divisa entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Reginalda nasceu e se criou na zona rural de Bom

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