No rosto dos trabalhadores da Vila Taguá, em Cotegipe (BA), a expressão é de expectativa. Muitos vieram de municípios vizinhos à igrejinha do povoado, nesta manhã quente e chuvosa, ansiosos por contar suas histórias. Todas elas estão relacionadas a conflitos agrários envolvendo os 140 mil hectares da Gleba Campo Largo, que hoje pertence quase inteiramente à Caracol Agropecuária, empresa que está entre os ativos de um fundo dos doadores da Universidade Harvard com patrimônio de US$ 37 bilhões. Os trabalhadores querem que a área ocupada pela Caracol, segundo eles fruto da grilagem de terras públicas, seja destinada à reforma agrária como estabelece a Constituição.
Na audiência reunida pela ONG Rede Social Justiça e Direitos Humanos e pelo diácono austríaco Martin Mayr, da ONG 10envolvimento, também há relatos sobre comunidades tradicionais de ribeirinhos com um histórico de expulsão das terras onde viviam à margem do rio Grande, muito antes da chegada da Carac