As estradas de terra sacolejantes do Parque Estadual do Jalapão causam efeitos diversos nos turistas que decidem se embrenhar pelos cafundós do Tocantins.
Há os que se esquecem da vida e meditam ao balanço dos longos percursos, curtindo a paz da paisagem de cerrado sem fim. E há os que sofrem, encarando a aventura como provação antes de alcançar as dunas paradisíacas e os misteriosos fervedouros, pequenas lagoas de águas cristalinas.
O Jalapão fica a 300 km de Palmas, mas a quilometragem é relativa nesses cantos. Até Ponte Alta do Tocantins, cidade de entrada para o parque, são 150 km de asfalto. O resto é feito por terra, areia, buracos e muita poeira.
“Dizem que o pote de ouro está no fim do arco-íris, mas certeza eu só tenho de que a joia do Jalapão se esconde no fim do mundo”, filosofa o produtor de arte e cenógrafo paulista Mauro Amorim, 47, que visitou o parque em dezembro.
A época de outubro a março é conhecida por receber mais chuva, mas em seis dias o vi