Em meio ao cenário monótono dos pampas que domina as quase três horas de estrada entre a capital uruguaia, Montevidéu, e a cidade de Carmelo, eis que surge a recompensa: uma sucessão de plátanos de até 15 metros de altura a compor um túnel verde.
Chegamos à “Toscana latino-americana”. Assim chamado em alusão à famosa região vinícola da Itália, esse trecho de enogastroturismo da costa oeste uruguaia, nos arredores de Carmelo, ganhou fama graças à qualidade dos vinhos produzidos no microclima gerado pela união dos rios Uruguai e Paraná.
Ao deixar o corredor ecológico para trás, avistamos Carmelo. Para acessá-la, passamos sobre uma ponte giratória que cruza o córrego Las Vacas, a única na América do Sul na qual o içamento é ainda realizado por tração humana.
Logo se percebe uma atmosfera nostálgica, tanto nas ruas de paralelepípedo quanto nas estradinhas de terra, tomadas por vinhas. Moradores passeiam a cavalo. Motocas e carros da metade do século pas