Sob pressão no Congresso por ser visto como um lava-jatista, André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), dedicou sua vida acadêmica ao estudo da corrupção.
Ex-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União) e ex-ministro da Justiça, o nome sugerido por Bolsonaro para a corte ficou com a sabatina obrigatória travada no Senado por mais de quatro meses.
Mendonça, 48, é doutor em direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha. Pastor da Igreja Presbiteriana Esperança, ele foi escolhido pelo presidente em cumprimento à promessa de nomear um ministro "terrivelmente evangélico" para o Supremo.
Os títulos acadêmicos de Mendonça e sua trajetória de funcionário de carreira na AGU são trunfos dele para aplacar críticos que o vislumbram no tribunal como um defensor incondicional do bolsonarismo.
Na posse no Ministério da Justiça, em 2020, seu currículo foi elogiado por nomes como os ministros do STF Gilmar Mendes e Luís Rober