Com um acentuado sotaque gaúcho de quem veio de Uruguaiana, na fronteira com Argentina e Uruguai, Marlova Jovchelovitch Noleto diz, volta a falar e repete durante a entrevista à Folha: "É preciso formar mentes críticas em tempos críticos".
Esse é quase um mantra para essa assistente social de 59 anos, que dirige a Unesco no Brasil desde 2018.
Braço da ONU para educação, ciência e cultura, a entidade tem promovido projetos para incentivar "a alfabetização midiática e informacional", como ela diz.
"Precisamos esclarecer as pessoas sobre a relevância do bom jornalismo. Quando você vai consumir uma notícia, qual é a fonte? É preciso ter certeza de que a história é verídica antes de repassá-la."
A Unesco lançou anos atrás a publicação "Alfabetização Midiática e Informacional - Currículo para a Formação de Professores", com acesso gratuito. Também tem feito parcerias com órgãos públicos e organizações da sociedade civil para difundir formas de avaliação da confiab