Por não ter a boçalidade de Abraham Weintraub (Educação) nem a truculência de Jair Bolsonaro, o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) foi rapidamente elevado à categoria de técnico na crise do coronavírus.
Em razão disso, muitos se decepcionaram com seu desempenho obviamente político na quarta-feira (25), quando procurou se equilibrar entre as recomendações da comunidade médica de isolamento populacional e a pressão de seu chefe para relaxá-las.
Mandetta conseguiu safar-se da enrascada com habilidade, criticando governadores que promovem quarentenas "exageradas", o que certamente agradou a Bolsonaro. Mas no que mais importa, as diretrizes gerais do isolamento, tudo basicamente permaneceu igual.
Só quem não examinou a carreira pregressa do ministro cai na esparrela de que ele nada tem de político.
Não há dúvida que sua formação na área médica é sólida, com pós-graduação em ortopedia pediátrica no Brasil e nos EUA. Mas há tempos que Mandetta enveredou pela