A voz pausada lembra a do irmão, assim como o tom professoral e os cabelos grisalhos. As semelhanças devem ajudar Bruno Daniel (PSOL) na campanha para a Prefeitura de Santo André, no ano que vem, em que terá como mote resgatar e aprimorar o legado de Celso Daniel, assassinado há 17 anos.
Após titubear em pleitos passados, Bruno Daniel aceitou disputar a cadeira que foi de seu irmão durante três mandatos, o último deles interrompido após ser sequestrado e morto, em janeiro de 2002.
Na época coordenador do programa de governo do então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso era uma estrela ascendente no PT e quase certamente ocuparia um ministério importante.
Na semana passada, uma pesquisa feita pelo instituto regional ABC Dados deu a Bruno 19% em um dos cenários, atrás apenas do prefeito Paulo Serra (PSDB), com 28%.
"Há um legado do Celso extremamente importante que a gente segue o tempo inteiro", diz Bruno, de 66 anos, nascido 1 ano e 8 meses depois