A 27ª edição da Marcha para Jesus, realizada nesta quinta-feira (20) de Corpus Christi em São Paulo, foi, de certa forma, um divisor de águas para evangélicos.
Com a presença, enfim, de um presidente da República entre eles, veio a legitimação por quase três décadas aguardada. Não à toa valorizam tanto o nome do meio de Jair Messias Bolsonaro.
O segmento sofreu por anos a síndrome do patinho feio. No ano da primeira Marcha, 1993, evangélicos eram menos de 10% da população brasileira. Sentiam-se perseguidos e pouco levados a sério.
Não estavam de todo errados. Àquela altura, sem sequer uma forcinha das redes sociais para amplificar sua mensagem, evangélicos não se viam representados na grande mídia —salvo raras exceções, como a Record de Edir Macedo ou spots na grade televisiva comprados por pastores.
Quando o eram, imperava a visão pejorativa sobre o segmento. Exemplos não faltam. Em 1995, Edson Celulari encarnou um pastor pilantra na minissérie da Globo "Deca