“Mulher, negra, trans, nordestina. Mulher, negra, trans, nordestina. Mulher, negra, trans, nordestina.”
Primeira deputada transexual da história da Assembleia Legislativa de São Paulo, Erica Malunguinho, 37, reclama que toda reportagem sobre ela coloca após seu nome a sequência de palavras “mulher, negra, trans, nordestina”.
“Jura que sou assim?!”, ironiza a parlamentar do PSOL, que marcou a entrevista com a Folha no café Por Um Punhado de Dólares, no centro de São Paulo, decorado com camisetas estampadas com Lula Livre, #EleNão, Haddad, CUT, MST e o símbolo do Corinthians.
“É preciso debater por que sou apresentada dessa forma. Isso torna as bandeiras estanques e é, inclusive, um desrespeito. Nas nossas construções ancestrais históricas não havia nada disso.”
Em seu perfil no Facebook, entretanto, escreve: “Esse corpo é preto, de mulher, trans e nordestino”. É uma reafirmação por enquanto necessária, ela pondera, para lembrar “os grupos apagado