O sertanista Sidney Possuelo, 78, afirmou em entrevista à Folha que a Funai (Fundação Nacional do Índio) “morreu, foi extinta” pelo governo de Jair Bolsonaro quando o presidente decidiu destinar para o Ministério da Agricultura a tarefa de demarcação de terras indígenas e transferir o órgão do Ministério da Justiça para o recém-criado Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Atuando no campo indigenista há 42 anos, Possuelo participou do contato com sete grupos indígenas isolados na Amazônia e presidiu a Funai de 1991 e 1993. Ele é considerado um dos principais nomes do indigenismo no país. Foi exonerado de cargo na Funai durante o primeiro governo Lula, em 2006, após ter feito críticas ao então presidente da fundação.
Possuelo disse que nunca pertenceu “a qualquer agremiação política ou qualquer partido” e vê com bons olhos algumas promessas do governo Bolsonaro, como “o combate à corrupção, a essa canalhice de políticos dentro do