Em um movimento silencioso, nos últimos dois anos a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) expandiu o número de oficiais de inteligência do órgão no exterior, passando de atuar em três embaixadas, em 2016, para 20 atualmente. A estratégia da agência é auxiliar o Itamaraty e dar uma atenção maior ao crime organizando transnacional, ao terrorismo e à troca de informações com os órgãos congêneres de inteligência.
Com a posse, em janeiro, de um novo presidente da República e de um novo general no GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, que substituirá o ministro Sérgio Etchegoyen, ao qual a Abin está vinculada, oficiais de inteligência temem um retrocesso nessa política, o que faria a agência novamente concentrar os seus esforços nos assuntos domésticos.
A Abin teme uma reedição do SNI (Serviço Nacional de Informações), o seu antecessor criado pela ditadura militar logo após o golpe de 1964 e extinto em 1990. O SNI ficou marcado como