Na última quinta-feira (30), o pequeno arquipélago de São Tomé e Príncipe, localizado na costa oeste da África, parou para marcar um dos momentos mais importantes de sua curta história como nação. O feriado do Dia da Nacionalização das Roças só não é mais importante que o da independência de Portugal, conquistada em 1975.
Há 46 anos, a decisão do governo do novo país de estatizar grandes propriedades rurais foi comemorada nas ruas. As “roças”, desde então, seguem sendo parte fundamental da vida econômica, política e social.
No português falado em São Tomé e Príncipe, a palavra tem uma acepção diferente da brasileira, onde frequentemente é usada de forma depreciativa para descrever uma propriedade rural precária.
No país africano, as roças seriam equivalentes aos grandes engenhos de cana-de-açúcar do Brasil colonial, ou às fazendas de café do século 19.
Com arquitetura majestosa, tinham em geral uma casa-grande, vastos terrenos para plantio e secage