Primeiro, ofereciam R$ 0,20 por peça. Algumas semanas depois, baixaram para R$ 0,10. Agora, pagam apenas R$ 0,05. É um valor que mal dá para cobrir os gastos, mas que a costureira Diana*, 33, aceitou porque as outras encomendas pararam desde março e a família já devia três meses de aluguel.
Se calculasse na ponta do lápis os custos com linha e energia elétrica para o funcionamento das máquinas e a força de trabalho investida, não valeria a pena aceitar aquele pedido. Mas a equação, para ela, é mais simples: “Se não trabalhamos, não comemos”.
Boliviana e vivendo em São Paulo há sete anos, Diana está confeccionando um produto que se tornou precioso nesta pandemia de Covid-19: máscaras descartáveis. Também já fez aventais utilizados por profissionais de saúde para evitar a contaminação pelo vírus.
Mas enquanto o preço desses equipamentos de proteção individual (EPI) disparou nas lojas nos últimos meses, para quem os costura o movimento foi o contrário: ap