O ano é 1925. Com a China abalada por conflitos internos, o camponês Akit Wu, de 20 anos, deixa o vilarejo de Taishan, na província Guangdong, rumo ao Brasil.
Após três meses de travessia marítima, ele e o irmão, Aphou, aportam no Rio.
Instalado em Cordovil, bairro da zona norte da cidade, Akit trabalhou como feirante, cursou belas artes e passou a ganhar a vida como retratista em uma oficina de fotografia.
Akit se casou com uma paraense. O casal teve um filho único que, por sua vez, se casou com uma afrodescendente. Dessa união, nasceu o historiador Vinicius Gomes Wu, hoje com 40 anos.
Afro-sino-brasileiro, Vinicius Wu é o autor da notícia-crime que motivou a abertura de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) para apurar se o ministro da Educação, Abraham Weintraub, cometeu racismo ao publicar comentários jocosos contra chineses nas redes sociais.
A trajetória do avô, morto em 1991, inspirou a ação. Vinicius conta que lembrou, com tristeza, do velho Wu ao ler a post