Enquanto a Covid-19 monopoliza a atenção global, uma epidemia esquecida segue matando numa das regiões mais instáveis do continente africano.
O surto de ebola no leste da República Democrática do Congo foi oficialmente declarado em agosto de 2018 e desde então já deixou 2.266 mortos entre 3.311 infectados.
A taxa de mortalidade é de estratosféricos 68,4%, ou dez vezes a do coronavírus na média mundial (6,88%). Dentre os infectados, 29,2% são crianças.
Este já é o segundo maior surto de ebola da história, perdendo apenas para o que atingiu países da África ocidental entre 2013 e 2016, quando houve mais de 11 mil mortos.
Há duas semanas, a epidemia esteve muito próxima de terminar. Apenas 48 horas antes de vencer o prazo mínimo de 42 dias sem um novo caso, que encerraria oficialmente a crise, um eletricista de 26 anos morreu de ebola na cidade de Beni.
Desde então, surgiram pelo menos mais dois novos casos, e a perspectiva é de que a epidemia se prolongue por no mínim