Historiadores começaram, nesta segunda-feira (2), a investigar os arquivos do pontificado de Pio 12 (1939-1958), acusado de omissão durante o extermínio de seis milhões de judeus no Holocausto.
As autorizações para acessar uma das pequenas salas de estudo dos arquivos do Vaticano já foram distribuídas. Mais de 200 pesquisadores se inscreveram para esse evento histórico, ansiosos para examinar milhões de documentos.
O jovem pesquisador alemão Sascha Hinkel, um dos selecionados, comemorou "uma excelente oportunidade de estar entre os primeiros a ver os documentos".
Membro da equipe de assistentes do professor de história religiosa Hubert Wolf, especialista em Pio 12 e na era nazista, ele calcula cinco anos de trabalho para tentar encontrar respostas para suas perguntas.
Mas "os arquivos do pontificado ocuparão os historiadores por pelo menos 20 anos", prevê.
"Para milhões de pessoas, católicas e judias, esses arquivos são de enorme interesse humanitário", explica Suzanne Brown-Fle