Os números e os mais recentes atos do papa Francisco mostram um novo cenário: nunca antes as mulheres tiveram tanto protagonismo no Vaticano.
Mas um arcaísmo persiste intacto no catolicismo, seja na cúpula da igreja em Roma, seja nas paróquias espalhadas pelo mundo: muitas são as mulheres, geralmente irmãs consagradas, que servem padres, bispos e cardeais como empregadas domésticas, quase sempre sem nenhum direito reconhecido.
A discussão sobre a igualdade de gêneros ganhou impulso no pontificado do argentino Jorge Mario Bergoglio, mas, como reconhecem as mulheres, muito ainda precisa ser reformado num ambiente comparável a uma monarquia absolutista cujo poder predominante é masculino e clerical.
Atualmente as mulheres correspondem a 21% dos empregados da Cidade do Vaticano. São mais de 950, entre religiosas e laicas.
O primeiro contrato de trabalho de uma mulher na Santa Sé data de 1915 —de uma costureira que atuava no mobiliário do papa Bento 15. Hoje muitas são a