Dominado pelas tropas nazistas e coberto de neve durante um inverno que chegou a -15 ºC, um morro de 977 metros de altura dificultava o avanço dos soldados da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que combatiam o exército de Adolf Hitler.
A cerca de 60 km de Bolonha, na Itália, o Monte Castello precisava ser tomado pelos pracinhas brasileiros para que os Aliados pudessem avançar para o norte da Itália. Foram quatro tentativas frustradas entre novembro e dezembro de 1944.
Instalados no morro, os alemães atiravam contra os brasileiros com suas metralhadoras MG42, com capacidade de 1.200 tiros por minuto. Os pracinhas, bem-humorados, apelidaram esse armamento dos inimigos de “Lurdinha”.
Os meses seguintes foram de estratégia. “A espera fez com que a FEB se aperfeiçoasse. Nunca tinham treinado em montanhas, a doutrina de guerra era diferente, fazia muito frio. Se não tomassem Castello, os Aliados não teriam condições de seguir para Bolonha”, explica Ianko Bett, encarre