Assim como Angela Merkel em Leipzig, Marianne Birthler, 71, era militante do movimento alemão-oriental por direitos civis que precedeu a queda do Muro, mas em Berlim. Filiada à esquerda democrática da Bündnis 90 (Liga 90), hoje aliada dos Verdes, ela considera a reunificação, “apesar de tudo, um sucesso”.
“Eu me tornei cidadã de um país livre”, comemora. “Meus filhos puderam fazer o vestibular alemão, o ‘Abitur’. Com uma mãe na oposição, isso não era possível.”
Birthler critica, contudo, a visão que atribui toda a mudança à abertura do Muro de Berlim, em 9 de novembro, e obscurece a chamada Revolução Pacífica que a precedeu.
“Sem essa revolução não teria havido a queda do Muro. E sem a queda do Muro não haveria a reunificação alemã”, ressalva. “A liberdade veio porque as pessoas da Alemanha Oriental fizeram uma revolução contra a ditadura.”
Exato um mês antes da queda do Muro, centenas de milhares de manifestantes tomara