Trinta anos após a queda do Muro, a Alemanha é um país reunificado, de fato e de direito, mas não na cabeça de todos os cidadãos. No Leste que foi socialista, cresce uma Alemanha de direita que vota nos extremistas da AfD.
Alternativa para a Alemanha é o significado da sigla AfD. Conquistou 12,6% dos votos nas eleições de 2017 e ficou com 94 das 709 cadeiras do Bundestag (Parlamento).
Já é o terceiro partido do país. Cresceu explorando o ressentimento de parte da população com a política da chanceler Angela Merkel (CDU, União Democrata-Cristã) de receber 1 milhão de refugiados, em 2015. Avançou ainda mais em pleitos regionais recentes da banda oriental.
Na Turíngia governada por uma coalizão entre Esquerda (Linke) e Verdes (Grüne), a AfD teve, domingo passado (27), o maior crescimento. Saltou para a segunda posição, com 23,4% dos votos.
A esquerda venceu com 31% e deve liderar o novo governo. A grande perdedora foi a CDU (21,8%): cerca de um oitavo de seus apoiadore