Fora os chefes que dirigiam a organização, ninguém provavelmente sabe mais sobre o cartel de drogas de Sinaloa do que Vicente Zambada Niebla. Filho de Ismael Zambada García, um dos líderes do cartel, Vicente desde cedo foi criado para assumir o controle do grupo.
Mas na quinta-feira (3), em uma inversão espetacular, o príncipe do cartel traiu seu pai —e seu direito de herança— ao depor durante mais de cinco horas sobre quase todos os aspectos do império do tráfico de drogas: rotas de contrabando, esquemas de lavagem de dinheiro, guerras sanguinárias, vinganças pessoais e fartas propinas.
Quando se tratou da empresa que ele deveria comandar um dia, Vicente Zambada provou que conhecia quase todo mundo e tudo.
Sua prova de coragem no banco das testemunhas ocorreu aproximadamente no meio do julgamento do ex-sócio de seu pai, Joaquín Guzmán Loera, o infame barão do crime conhecido como "El Chapo".
Desde o início do julgamento, em novembro, sete outras testemunhas que trabalh