Quando a pandemia fez o sistema de saúde na Europa entrar em colapso, um grupo de engenheiros da Escola Politécnica da USP ligou o sinal de alerta. Era uma prévia do que aconteceria no Brasil, semanas depois, quando os casos de Covid-19 começaram a ser notificados.
Adepta da cultura maker —embasada na criação aberta e colaborativa—, a equipe da Poli liderada pelos professores Marcelo Zuffo e Raul González formulou o Inspire, ventilador pulmonar emergencial de alta complexidade produzido no próprio laboratório do Citi (Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas), da USP.
Enquanto os aparelhos convencionais variam de R$ 30 mil até quase R$ 400 mil, o Inspire custa em torno de R$ 5.000.
"A cultura maker possibilita a democratização do conhecimento e há vários experimentos que mostram seu benefício na cura dessa doença", conta Zuffo. Só para Manaus, o grupo doou 49 ventiladores.
Dentro dessa nova cultura incluem-se os Fab Labs, laboratórios criativos com máquinas d