Antes de ir às compras do material escolar de sua filha, a nutricionista Elaine Dias fez uma varredura no que tinha em sua casa. Lápis de cor, canetinha, caderno: muitos dos itens estavam quase intactos, uma consequência das aulas remotas pela pandemia do coronavírus.
Yasmin, que acaba de ir para o 2º ano do ensino fundamental, começou a ter aulas de casa no início de 2020 e só voltou ao presencial no meio do ano passado. O que foi subutilizado nesse período foi para a mochila deste ano. "Mesmo assim foi quase 30% a mais do valor que eu gastei no ano passado", calcula a mãe.
A impressão da nutricionista bate com o levantamento da ABFIAE (Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares). Segundo a entidade, o preço repassado da indústria para o varejo foi 15% a 30% maior em 2022, segundo Sidnei Bergamaschi, presidente da Tilibra e da associação.
Para os fabricantes, o aumento está atrelado aos preços das matérias-primas. Papel, papelão, cola, tin