Com a compra da Gaspetro, subsidiária da Petrobras para o setor de gás natural, o grupo Cosan passará a ter participação em cerca de dois terços do volume total de gás natural distribuído no país, cenário que gera queixas de concentração excessiva por grandes consumidores e especialistas.
O mercado teme também que o processo desencadeie um retrocesso no modelo proposto pela nova Lei do Gás, aprovada em março, que incentiva a desverticalização do setor, limitando a participação de uma empresa em variadas etapas da cadeia de suprimento.
"O novo mercado de gás significa pluralidade de agentes, muitos agentes na oferta, muitos na demanda, gerando competição", diz Adrianno Lorenzon, gerente de Gás Natural da Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia). "A concentração em algum dos lados vai gerar distorção que impede a competição."
A operação, de R$ 2 bilhões, foi anunciada na última quarta (28). Por meio de sua controlada Compass Gás &