A adoção definitiva de home office após a pandemia deve acelerar mudanças estruturais no mercado de trabalho, com potencial para aprofundar as desigualdades entre trabalhadores mais escolarizados e aqueles com menor qualificação. Para especialistas, o tema tem que ganhar espaço no debate econômico para apoiar o contingente que tende a ter maiores dificuldades de se recolocar.
É uma mudança que já vinha ocorrendo de forma gradual, a partir da adoção de novas tecnologias de comunicação e automação, mas que ganha velocidade durante a pandemia, que forçou as empresas a buscarem alternativas para manter o funcionamento mesmo com a restrição à circulação de pessoas para evitar o avanço do coronavírus.
Os dados sobre o desemprego divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta (6) já sinalizam que o teletrabalho vem protegendo mais os trabalhadores mais qualificados do que aqueles que dependem do movimento nas ruas para ganhar seu s